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Jan 23, 2020Liked by Gustavo Brigatto

Com uma análise não científica, não data-driven e provavelmente não correta, imagino que o "ataque" a este mercado, com uma atitude semelhante a que o Uber tinha em seu começo e que influenciou demais players do segmento, como Easy Taxi e Cabify, fez com que as empresas desprezassem um pouco do risco e imaginassem que após alguns problemas iniciais as operações entrariam em um ótimo ritmo de crescimento. Patinetes e bicicletas não são carros. Eles ocupam menos espaço e resolvem o problema da last mile mas sofrem de todos os problemas que os carros não sofrem, a saber, devem ser disponibilizados em algum espaço, que no caso eram as calçadas, sendo derrubados e em alguns casos vandalizados. São mais fáceis de roubar. Números de roubo não são divulgados abertamente. A manutenção, que no caso de ridesharing está na mão dos motoristas, fica na mão das empresas. O roubo e o vandalismo implicam em reposição de unidades, gerando mais custos. Algumas vezes o patinete está fora de operação pois não está adequadamente carregado. No começo da Yellow a área de cobertura era livre, depois foi restrita e posteriormente ampliada mais uma vez. A única operação terceirizada é a recarga dos patinetes e mesmo assim é um custo considerável. Os custos de aluguel de patinete ou bicicleta são considerados altos, sendo comparáveis aos de ridesharing em alguns trajetos. O usuário fica mais vulnerável a fatores externos, tais como intempéries e violência urbana. Enfim, para alguns casos de uso os patinetes e bicicletas podem ser ótimas opções mas em cidades que ainda não estão preparadas para estes meios de transporte, com ciclofaixas, locais adequados de estacionamento, conscientização de usuários e baixos índices de violência e vandalismo, parece que fica difícil fechar a conta.

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