CODEX nº 11 - Indo atrás do trio
Quer acompanhar o que acontece no mundo das startups e do venture capital no Brasil mas não tem tempo? O CODEX combate essa sensação de que você está perdendo alguma coisa com um compilado do aconteceu nesse mercado que chega à sua caixa às segundas.
A edição dessa semana chega em ritmo de folia, rasgando a fantasia para te deixar inteirado(a) do que está acontecendo no Carnaval do Venture Capital. Sempre lembrando de tomar muita água pra evitar a ressaca - ouviu, SoftBank?
Mudanças na Abstartups, contratação na Redpoint eventures, aportes na área de crédito para empresas e o crescimento de venture debt como uma opção de financiamento para startups foram alguns dos destaques.
Boa semana e uma ótima leitura!
Tempo estimado de leitura: 11 minutos
Crédito para “as firma”
Duas fintechs de crédito anunciaram ter recebido aportes na semana passada.
Na IOUU, que trabalha com crédito P2P, a rodada foi de R$ 6 milhões liderada pela DOMO Invest, que contou com participação da Indicator Capital e da Devas Invest. A empresa soma R$ 8 milhões em investimentos. A ideia é investir os novos recursos em tecnologia e marketing para ampliar o volume de crédito captado pelas empresas, chegando a R$ 50 milhões em 2020.
Já o banco BV - que anda bem ativo ultimamentne - liderou uma rodada de investimento Série B de R$ 80 milhões na fintech crédito WEEL por meio da por meio da BVx. Os outros participantes da rodada não foram revelados. Os recursos serão usados para expansão da operações no Brasil e em novos mercados. Além do aporte, o BV ampliará a disponibilidade de crédito para a fintech em até R$ 800 milhões.
Tá, mas e daí? Já falamos por aqui dos investimentos em serviços de emrpéstimos e finanças pessoais, que querem aproveitar o cenário de juros baixos e recuperação econômica para conseguir um espaço na mente e no bolso dos consumidores. A lógica também vale, é claro para empresas de todos os setores, que, para aproveitar esse momento positivo precisam de crédito para financiar o dia a dia e a expansão de suas operações.
Ei, você aí, me dá um dinheiro aí?
A Kenoby, de recrutamento e seleção de candidatos para vagas de emprego, que recebeu um aporte de R$ 20 milhões da Astella em janeiro, levantou mais R$ 3,3 milhões com o fundo Brasil Venture Debt I, da SP Ventures, que tem R$ 140 milhões para operações de venture debt (um tipo de empréstimo com caracterísitcas diferentes dos financiamentos bancários tradicionais).
Com os recursos captados, a ideia é adicionar inteligência artificial ao serviço e contratar mais gente. Em dois anos, a expectativa é que o quadro de funcionários triplique, para 300.
Tá, mas e daí? Comum em mercados maduros, o venture debt começa a se tornar uma opção para startups no Brasil. O volume ainda é pequeno por falta de conhecimento dos empreendedores e porque são poucas casas que fazem isso (SP Ventures, BTG, Galápagos e Naia Capital e o Silicon Valley Bank querendo vir). O movimento é considerado natural já que o mercado de dívida tende a se estabelecer depois de uma década do desenvolvimento do segmento de venture capital. Basicamente, o venture debet permite que a empresa cresça sem que os fundadores tenham que reduzir sua participação na empresa. É uma modalidade recomendada para quem já passou da fase de validação e expansão inicial e que já domina bem a matemática da operação da companhia.
Outras notícias
A Stefanini comprou a Mozaiko, que atua com RFID e internet das coisas voltada para o varejo. O valor da operação não foi revelado.
A Grow está em busca de um parceiro para retomar o serviço de compartilhamento de bicicletas. A ideia é fazer algo na linha da Tembici com o Itaú. A companhia já tinha cantando essa bola quando anunciou sua reestruturação no fim de janeiro.
A Abstartups anunciou mudanças em sua diretoria. Sai Rafael Ribeiro, que ficou mais de quatro anos no cargo de diretor executivo, e entra José Muritiba, que já foi diretor comercial da associação. A vice-presidente Tânia Gomes Luz também deixou a Abstartups. Amure Pinho, cujo mandato terminava ano passado, seguirá no comando da associação até o fim do ano, quando serão feitas eleições para escolha da diretoria para o próximo biênio.
A Redpoint eventures contratou Carolina Strobel, que mais recentemente era diretora de inovação na Restoque e ficou mais de 16 anos na Intel Capital, para liderar o apoio às empresas dos portfólio.
A InLoco, que está expandindo sua atuação para os EUA, dividiu sua operação no Brasil em duas unidades de negócio: uma voltada à oferta de mídia usando sua tecnologia proprietária de localização, que será liderada pelo sócio-fundador da companhia, Denyson Messias; a outra que vai ajudar empresas a melhorarem o desempenho de aplicativos que fazem a conexão entre os mundos online e off-line, que será liderada por Rodrigo Junco, vice-presidente comercial da companhia.
Os setores de educação e saúde representam cerca de 25% das startups de Goiás e Distrito Federal, segundo o estudo “Goiás e DF Tech Report”, da KPMG com a Distrito. Segundo o levantamento, os segmentos que mais têm startups nessas duas regiões são Edtech (31 empresas), Healthtechs (20 empresas), Fintech (18), Agtech e TI (17 cada), Adtech (16), Legaltech (9) e Construtech (7). Brasília e Goiânia são os principais polos da região.
A construtora Vitacon lançou um “concorrente” para a Loft e a QuintoAndar. Com o iBuyer ela também vai comprar imóveis. Nesse primeiro momento, pelo menos, o serviço está disponível apenas para clientes da construtora e para determinados perfis de imóveis.
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Quer saber as tendências de consumo para 2020? Então dá uma olhada nesse estudo da Euromonitor.
O Silicon Valley Bank fez o 2020 Global Startup Outlook, com as perspectivas das startups para o ano. Spoiler: a maioria acha que o ano será melhor que 2019.
Todo ano, o Pitchbook faz o Annual Global League Tables, um compilado do que aconteceu nos mundos de private equity e venture capital no ano anterior.
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